domingo, 7 de setembro de 2014

Entorse do tornozelo




O entorse do tornozelo provavelmente e a lesão musculoesquelética mais comum do pé e tornozelo na pratica esportiva. Um alto numero de episódios também ocorre em acidentes domésticos e laborais, o que contribui diretamente para tornar essa uma das queixas mais frequentes entre os pacientes.

O que torna essa entidade tão particular é o número de lesões associadas levando a diferentes diagnósticos, tratamentos e prognósticos.
O paciente que sofre um entorse de tornozelo necessita de pronta avaliação ortopédica a fim de se identificar possíveis consequências graves desse trauma. A avaliação clinica e mandatória, sendo a investigação radiográfica necessária de acordo com a primeira.
Fraturas do tornozelo, pé e perna, lesões tendineas, ligamentares, condrais ou nervos periféricos podem estar presentes e devem ser consideradas no tratamento inicial dos entorses.
Quando se exclui a presença de lesões associadas ou incomuns ao entorse de tornozelo, este deve ser abordado como uma lesão ligamentar. Geralmente de ocorrência lateral, pois o trauma em inversão (“para dentro”) e pelo menos 9 vezes mais comum que em eversao(“para fora”),  podem ser graduadas clinicamente como leves, moderadas e graves.
Essa classificação determina o planejamento do tratamento que, incialmente, pode ser realizado de maneira não cirúrgica contemplando imobilização, repouso relativo e fisioterapia motora. O tempo e tipo de imobilização, o grau de descanso e a abordagem da reabilitação dependem da classificação clinica do paciente e sua evolução durante o tratamento.
Há bons resultados com o tratamento conservador no que tange a cicatrização dos ligamentos rompidos, melhora da dor, função e retorno ao esporte. Na falha dessa abordagem, quando se considera principalmente a estabilidade do tornozelo (sensação de frouxidão e novos entorses), o tratamento cirúrgico tem boa indicação.
A abordagem operatória depende diretamente do perfil do paciente e da sua lesão, mas comumente consiste em uma artroscopia da articulação, reparo dos ligamentos lesionados e reforço desses com outros tecidos.
A importância do tratamento dessa entidade reside na sua possibilidade em provocar instabilidades crônicas do tornozelo, entorses de repetição, aparecimento de lesões cada vez mais graves e o desenvolvimento de osteoartrose no tornozelo.





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